terça-feira, 27 de outubro de 2009

Pessoas

Okay... relações humanas nunca foi meu ponto forte.

A minha reflexão hoje é justamente sobre isso. Sobre valorizar as pessoas.

A amiga de um amigo do vizinho da prima de um colega meu terminou com o namorado. E, apesar de nos vermos pouco, ela já havia me contado toda história sobre o namoro que estava às beirinhas do término. Não sei se para ela o pior foi o rompimento ou o namorado ausente, mas sei que realmente quis estar lá com ela, não pra enfiar mil coisas na cabeça nem 'ajudá-la' falando mal do agora ex-namorado. Mas só ouvir mesmo, dar o ombro... (coisa que nunca recebi e que nunca fiz.)

Essa vontade que me nasceu inédita me fez pensar se valorizo as pessoas que me cercam. Algumas delas estão mesmo tentando ajudar e não são só gentis qd se oferecem... são humanas.

Cristo ensina essa comunhão, esse cuidado. Se importar com o outro. O Samaritano a quem nós chamamos 'bom' era só um samaritano aos olhos de Jesus. Uma pessoa que devia ajudar outra. Nada mais.

Amar o próximo, chorar com os que choram... está além de nossa compreensão.
Ser semelhante a Jesus, acima de tudo... é amar!

Não sei o que aconteceu a ela, mas sei que eu queria estar lá, como pessoa, como amiga e como percebi depois... queria estar lá como representante de Cristo. Sem dizer uma palavra.
Sem nenhuma pregação.

(...)
Janine Erin


_Como seria a Parábola do Bom Samaritano hoje em dia?___________________________________________________________________
“O Bom Samaritano“ = “O Bom Travesti“

E perguntaram a Jesus: “Quem é o meu próximo?“
E ele lhes contou a seguinte parábola:

Voltava para sua casa, de madrugada, caminhando por uma rua escura, um garçom que trabalhara até tarde num restaurante. Ia cansado e triste. A vida de garçom é muito dura, trabalha-se muito e ganha-se pouco. Naquela mesma rua dois assaltantes estavam de tocaia, à espera de uma vítima.Vendo o homem assim tão indefeso saltaram sobre ele com armas na mão e disseram: “Vá passando a carteira“. O garçom não resistiu. Deu-lhes a carteira. Mas o dinheiro era pouco e por isso, por ter tão pouco dinheiro na carteira, os assaltantes o espancaram brutalmente, deixando-o desacordado no chão.Às primeiras horas da manhã passava por aquela mesma rua um padre no seu carro, a caminho da igreja onde celebraria a missa. Vendo aquele homem caído, ele se compadeceu, parou o caro, foi até ele e o consolou com palavras religiosas: “Meu irmão, é assim mesmo. Esse mundo é um vale de lágrimas. Mas console-se: Jesus Cristo sofreu mais que você.“Ditas estas palavras ele o benzeu com o sinal da cruz e fez-lhe um gesto sacerdotal de absolvição de pecados: “Ego te absolvo...“ Levantou-se então, voltou para o carro e guiou para a missa, feliz por ter consolado aquele homem com as palavras da religião.Passados alguns minutos, passava por aquela mesma rua um pastor evangélico, a caminho da sua igreja, onde iria dirigir uma reunião de oração matutina. Vendo o homem caído, que nesse momento se mexia e gemia, parou o seu carro, desceu, foi até ele e lhe perguntou, baixinho: “Você já tem Cristo no seu coração? Isso que lhe aconteceu foi enviado por Deus! Tudo o que acontece é pela vontade de Deus! Você não vai à igreja. Pois, por meio dessa provação, Deus o está chamando ao arrependimento. Sem Cristo no coração sua alma irá para o inferno. Arrependa-se dos seus pecados. Aceite Cristo como seu salvador e seus problemas serão resolvidos!“ O homem gemeu mais uma vez e o pastor interpretou o seu gemido como a aceitação do Cristo no coração. Disse, então, “aleluia!“ e voltou para o carro feliz por Deus lhe ter permitido salvar mais uma alma.Uma hora depois passava por aquela rua um líder espírita que, vendo o homem caído, aproximou-se dele e lhe disse: “Isso que lhe aconteceu não aconteceu por acidente. Nada acontece por acidente. A vida humana é regida pela lei do karma: as dívidas que se contraem numa encarnação têm de ser pagas na outra. Você está pagando por algo que você fez numa encarnação passada. Pode ser, mesmo, que você tenha feito a alguém aquilo que os ladrões lhe fizeram. Mas agora sua dívida está paga. Seja, portanto, agradecido aos ladrões: eles lhe fizeram um bem. Seu espírito está agora livre dessa dívida e você poderá continuar a evoluir.“ Colocou suas mãos na cabeça do ferido, deu-lhe um passe, levantou-se, voltou para o carro, maravilhado da justiça da lei do karma.O sol já ia alto quanto por ali passou um travesti, cabelo louro, brincos nas orelhas, pulseiras nos braços, boca pintada de batom. Vendo o homem caído, parou sua motocicleta, foi até ele e sem dizer uma única palavra tomou-o nos seus braços, colocou-o na motocicleta e o levou para o pronto socorro de um hospital, entregando-o aos cuidados médicos. E enquanto os médicos e enfermeiras estavam distraídos, tirou do seu próprio bolso todo o dinheiro que tinha e o colocou no bolso do homem ferido.Terminada a estória, Jesus se voltou para seus ouvintes. Eles o olhavam com ódio. Jesus os olhou com amor e lhes perguntou: “Quem foi o próximo do homem ferido?“

(Correio Popular, 21 de julho de 2002)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Feliz Aniversário, Angie!

Gente, foi meu aniversário.
Dia 16 de outubro de 2009... fiz 15 aninhos... hehe
E no dia 17 foi o meu rodízio de aniversário.
Nossa, sei que foi muito triste e estamos todos impactados com os acontecimento de sábado: helicóptero derrubado, ônbus queimados, ruas interditadas por causa da chuva... e policiais à gosto.
Mas assim... no meu aniversário?????
Certo, quem não foi tem boa desculpa e eu não vou ser insensível de dizer que não tive medo de sair de casa... mas eh assim.
Nesse dia mais cedo fui ao cabelereiro (cabeleleiro? tsc... ah.) e acreditem, no meio de muito papo furado, laquê, creme, lingerie e homens (se vc n for mulher n deve passar mt tempo lá dentro) surgiu o assunto política. Uiiii.... além de pobres... mulheres falando de política????
Bom, vc vai dizer que nada de bom sai daí. Engano seu... até eu fiquei AZUL de ouvir as meninas conversando, quando querem, elas sabem o que estão dizendo.
O que me deixou triste não foi o fato de saberem (e bem) do que estavam falando. Foi perceber que elas estavam (como todos os brasileiros talvez) muito desesperançosas e se sentindo impotentes diante da situação. Já não se crê no direito (não dever) do voto, nem em manifestações que serão reprimidas a custo de muita violência, como constataram.
Estudando o Modernismo na faculdade chegamos até Mário de Andrade, o brasileiríssimo por excelência, autor da rapsódia Macunaíma - O herói sem nenhum caráter. Meu professor, Valdemar Valente (ô baiano, meu rei..) nos explicava que o povo brasiliero ainda é meio índio mesmo, ainda pensa que é gostoso dormir no chão e comer com as mãos, povo de pé descalço e comidinha quente em volta da família... de prometer que vai fazer o mundo e sempre adiar pra depois... - isso se fizer. Povo que só gosta de trabalhar o que se precisa, que fica todo torto quando trabalha demais. E a gente (toda nossa gente) foi engolindo uns sapínhos europeus e virou menino grande de cabeça pequena... nos empurraram um jeito de vida que não é nosso, e que só faz bagunçar a cabeça do povo...
Mário era isso, Macunaíma era tão o oposto de tudo importado... esse banho de água de mandioca não há de fazer bem ao nosso tempo... não faz, nem fez, nem fará.
A diversidade é que é tudo. É preciso respeito, é preciso ver o outro como outro e entender o outro, não diminuindo, mas percebendo a riqueza do país. Tantos estados nós temos... mesma língua, mas muitas culturas... quase 27 países.
E depois o Centro Sul-faz umas tais provinhas unificadas e o Brasil inteiro deve responder ao ENEM e tirar a mesma nota.
E depois o menino no Pará tem de saber que o IVO VIU A UVA, sem saber quem é o tal de IVO e menos ainda o que raios é uma UVA. RAIMUNDO VIU A MEXERICA seria mais apropriado, acredito...
É isso, um aniversário meio triste, mas com pizza mesmo assim.
O Jeitinho brasileiro faz tudo acabar em pizza mesmo....
BJks no tumtum...