quarta-feira, 22 de junho de 2016

24º dia

As coisas vão clareando com o tempo. O que se pode dizer? As palavras, essas criaturinhas mágicas de vida própria que são absolutamente poderosas, são as ferramentas mais eficazes para atingir o coração... mas ainda sim, pondero.

Estou convencida de que há raízes profundas que não deixarão a árvore cair. Por mais que os ventos a deixem extremamente balançada.

Assim, afirmo: o tempo é magnífico. O tempo, o acaso, o destino. Das grandes questões da humanidade, a passagem do tempo está sempre como plano de fundo. Pq nesse tempo? Pra onde vamos depois do tempo? Que tempo há no pós-vida? enfim... 

E, escravos que somos, decidimos o que fazer com nosso tempo, como se a nós pertencesse. Grandes dominadores do incontrolável nós somos. E se fosse outro tempo? E se tudo fosse diferente num início distante? E se tivéssemos um tempo extra - fora desse tempo, mas ao mesmo tempo?

Sim, há a resignação aqui. Não há o que fazer. Sabe a história de se banhar no rio uma única vez? Sim. É assim. E aquela árvore, e aquela raiz, e aquela estrutura e aquela história... estarão lá ainda por muito t e m p o.

Nos universos paralelos onde acordamos num hotel nas Ilhas Maldivas esperando o café da manhã do cinco estrelas não há tempo, nem medos, nem perigos, nem sonhos demais. 

Só um outro tempo. Incontrolável, inexorável...

impossível.



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