quarta-feira, 1 de junho de 2016


Bom dia, que o dia anda bom e só vai melhorar!

Hoje é um dia especial e importante... o terceiro! Um dia vou parar de contar e não será mais um desafio pra mim. Minha mente aos poucos consegue se organizar e refletir. 

O que me motiva a continuar? A fé, acredito. Sempre recorro a fé quando não sei mais o que pensar. Os homens decidiram procurar as respostas em si mesmos e encontraram decepções, angústias, desejo pela morte... eu às vezes recorro a esses pensamentos, mas decidi deixá-los outra vez. 

Ainda não é absolutamente claro pra mim o que levou Paulo, fariseu, estudioso, culto, a abrir mão de seus conceitos para se dedicar à fé.  Ir contra toda a cultura a que sempre esteve ligado para se contrapor ao movimento que foi ensinado a propagar.

Mas, mesmo sem entender, acredito que essa mudança drástica de fato foi encadeada por uma experiência sobrenatural, como a descrita na Bíblia, e que esse tipo de experiência move as pessoas desde os tempos bíblicos e até hoje. 

Compreender a correlação entre a experiência, a fé e a razão é importante para que se faça a diferenciação entre fé e filosofia. As experiências sobrenaturais, através da razão, se tornam divinas, propositais ou providenciais pela fé depositada nelas. Sobre a fé e a filosofia... eu entendo que as crenças de modo geral intencionam responder à pergunta fundamental: qual o propósito para a existência? E a partir dessa resposta o medo, a culpa e a ganância podem ser ferramentas de manipulação e religiosidade e isso se vê a cada esquina por aí. A filosofia por outro lado, fornece as reflexões e perguntas, sem, necessariamente, saciar este desejo pela resposta áurea. 

É curioso perceber que o Evangelho em sua essência trata de Graça Divina. E diz que ela está disponível para além de conceitos de meritocracia (ou de culpa, medo e ganância). A graça diz que não há nada que se faça ou que se deixe de fazer para que Deus ame ou aja mais ou menos. Os frutos do espírito como a mansidão, a moderação, a paz, e o 'dar a outra face' não são absurdos ideológicos que movimentam a sociedade para privilegiar os fracos em lugar dos fortes; são preceitos de convívio social que estabelecem harmonia e amor no lugar de ódio e incompreensão. 

Então, resolvo-me: a fé e o Cristianismo são respostas plausíveis e palpáveis para mim. Agora, há outro problema. As estruturas de religião são falhas. Todas elas, ouso dizer. São feitas todas por homens, que, defeituosos, são incapazes de admitir os conceitos que encontram sem somar a eles seus próprios ideais, desejos e metas. É possível presumir que é válido não frequentar a igreja? Não. Porque admitir essa fé, é assumir a Bíblia e seus conceitos. Se vivemos em sociedade, é nela que temos que exercitar os princípios que ela ensina. 

Eu fiz uma escolha e agora devo seguir até o fim. Enxerguei que na minha igreja mesmo há princípios maravilhosos! Muitos dos membros nunca leram a doutrina que li, mas vivem-na porque são ensinados a decidir assim todos os dias. Senti orgulho de saber que não estou frequentando uma comunidade cristã baseada em outra coisa se não a graça. É possível ver nela mesmo muitos outros defeitos, mas também é possível ver além das entrelinhas e sorrir. 

Talvez meu comentário seja muito superficial. Não quero também convencer a ninguém. Mas... pouco a pouco vejo que posso decidir melhor, observar melhor... Decidir pela fé cada vez mais consciente de seu impacto sobre minha vida. 
E refletir que no meio de tantos caminhos, a Cruz pode ser de fato a resposta que sempre ouvi de meus pais... o Deus acima de todos os outros deuses.

Não uma questão de verdades absolutas ou de grandes respostas da humanidade... mas de fé. 
Simplesmente.


Nenhum comentário: